Gemido de mixoetnias mal amadas e amalgamadas. Burburinho da rua dos reis errantes. Crônicas em fragmentos, manifestos de passagem, churrasquinho na calçada, altar do grande templo, personagens em transe, forasteiros em trânsito, zigue-zagues pelo grande gueto planetário onde quilombos encontram ecos de resistência. Xei de Exu inda por cima. Não só música excluída, mas a transfiguração dos excluídos. Música popular borralheira dos brejos de algum lugar, porque para os inquietos e os desajustados o carnaval continua...

3 de jun. de 2012

Terrorismo Amoroso


A rua não espera. Precisa ser sacudida do torpor de cola, da carência de arte, humanidade, colorido. O terrorismo amoroso vai no carnaval de rua. Fagulha para acordar quem anda no espaço urbano feito sonâmbulo. Memória festiva, ideologia dos encontros.
Por outro lado, os passos de cada um cabem no celular. Sua nova arma. Quântica é a magia das banalidades e os arquitetos do acaso. Vós seres virtuais. Neo-rebelião. Vrum. Picada de abelha, frechada do cupido. A surpresa feito rapto dos sentidos. Vruum. Aiô, Silva! Salve o cavaleiro Jorge. Só as festas e festejos são reveladores do transtribalismo. Embala, neném! Qualquer forma de estar que não inclua a celebração caminha para o tédio. Baticum, ziriguidum, dois mil e um, só tem aqui. Transporte público com música ao vivo e cerveja gelada, só tem aqui.