A rua não espera. Precisa
ser sacudida do torpor de cola, da carência de arte, humanidade, colorido. O terrorismo amoroso vai no carnaval de rua. Fagulha para acordar
quem anda no espaço urbano feito sonâmbulo. Memória festiva, ideologia dos
encontros.
Por outro lado, os passos de cada um cabem no celular. Sua nova arma. Quântica é a magia das banalidades e os arquitetos do acaso. Vós seres
virtuais. Neo-rebelião. Vrum. Picada de abelha, frechada do cupido. A surpresa feito rapto
dos sentidos. Vruum. Aiô, Silva! Salve o cavaleiro Jorge. Só as festas e
festejos são reveladores do transtribalismo. Embala, neném! Qualquer forma de
estar que não inclua a celebração caminha para o tédio. Baticum, ziriguidum,
dois mil e um, só tem aqui. Transporte público com música ao vivo e cerveja gelada,
só tem aqui.
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