Gemido de mixoetnias mal amadas e amalgamadas. Burburinho da rua dos reis errantes. Crônicas em fragmentos, manifestos de passagem, churrasquinho na calçada, altar do grande templo, personagens em transe, forasteiros em trânsito, zigue-zagues pelo grande gueto planetário onde quilombos encontram ecos de resistência. Xei de Exu inda por cima. Não só música excluída, mas a transfiguração dos excluídos. Música popular borralheira dos brejos de algum lugar, porque para os inquietos e os desajustados o carnaval continua...

21 de nov. de 2010

Exu Mustafa

Lá do interior da Bahia, de algum lugar ermo perto de onde se entoca o véio Elomar, chegam histórias estranhas.
A força do Islã se manifesta na maior rebelião urbana de escravos do Brasil, a Revolta dos Malês. Africanos que reinvidicavam um lugar ao sol. Exus de luz versados no Alcorão.
A lua crescente dá gargalhadas do lado de baixo do Equador, na terra sem males do sonho guarani.

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